terça-feira, 10 de julho de 2012

Não faz o menor sentido


Isso não pode ser considerado normal. Não era pra ser assim. Eu não queria que fosse assim. Mas foi.  Mas é. O vazio é assim, tira tudo do lugar. Ocupa todo espaço existente, restando apenas o nada. Como é que se pode restar algo inexistente (?) Sabe aquela tosca mania de querer encontrar insaciavelmente o sentido em tudo (?) Caríssimos, é com propriedade de quem já viveu duas décadas que eu vos falo. Os segredos mais atraentes não fazem o menor sentido. Os amores que “escolhemos” não fazem o menor sentido. As cores em uma escala de cinza não fazem o menor sentido. A vida por si.  Faz algum sentido (?) Quem sabe a música “Why Am I The One”, faça algum sentido (...) já não sei o que pensar sobre tudo isso. O que fica óbvio, é que não me conheço o suficiente para saber a respeito da minha própria felicidade. Não sei onde busca-la. Não sei onde ela começa. Se tem fim. Simplesmente desconheço suas razões e ignoro suas causas. Uma metade inteira de mim se importa e grita exaustivamente por socorro. Como se os gritos fossem calados pelo eco das paredes largas do meu peito dilacerado. Não dá pra suportar. Cheguei ao meu limite. Tenho medo disso. Nunca gostei de imprevistos. De surpresas. De correr riscos. Sempre quis me sentir no controle das situações descontroladas. Sempre quis as coisas do meu jeito. Na minha hora. Mas agora me diz. Me diz como eu faço pra corrigir, pra esquecer. Porque francamente. Eu não sei. Tô cansada de expectativas. De coitos. Desses finais. Desses passos dados no escuro. Sinto uma necessidade urgente de (...) seja lá o que for. Seja lá o que isso signifique. Eu quero vivê-la. Eu quero senti-la. Pela primeira vez eu quero querer. Insisto em manter os olhos fechados. Por mais que eu tente, permaneço nesse sonho sem sentido. E o pior (!) não tenho a menor pretensão de acordar (.) 

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